Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo,
dada em tons irônicos, a ministra das Relações Institucionais, Ideli
Salvatti (PT), avisou que, em 2012, o governo pretende criar um imposto
para financiar investimentos em saúde no País e arrecadar mais R$ 45
bilhões por ano.
De acordo com ela, a famosa Emenda 29, já aprovada
pela Câmara dos Deputados, não resolve o problema porque não indica de
onde virão os recursos. Sem qualquer rodeio, anunciou que será um novo
tributo, ainda que a sociedade rejeite de forma absoluta qualquer
aumento na carga tributária. “Já se falou em taxação de grandes
fortunas, bebidas, cigarros, remessa de dinheiro para o exterior,
royalties do petróleo e até em legalização do jogo. (...) É um novo
imposto, que poderá ser de uma forma ou de outra”, disse. Quando
questionada sobre os entraves de se aprovar uma medida antipática em
ano de eleição, ela decretou: “É uma coisa complicada, sim, mas todos
os governadores acham, e nós concordamos, que o principal tema da
eleição de 2012 será a saúde. Não dá para fazer o debate de forma
demagógica, dizendo: "Ah, vamos resolver". Resolver de onde, cara
pálida? A presidenta Dilma chamou os governadores, o Congresso e disse:
"Não façam maquiagem. Se vocês querem que a saúde tenha evolução de
patamar, de atendimento, vai ter de mexer. E não serei eu, sozinha, que
vou fazer isso", desabafou. A conclusão nossa é a óbvia: o governo
quer buscar o dinheiro no bolso do sofrido contribuinte. É o povo que
paga a conta.
Puxão de orelha
Não é possível que a presidente da República tenha gostado da
entrevista. Em realidade, Ideli falou bobagem e demais. Por exemplo:
quando repete palavras supostamente ditas por Dilma aos governadores de
Estado para justificar o novo imposto, ela dá uma imensa escorregada e
aí que certamente virá o pito.
Arapuca
O Estadão cutucou e ela caiu: o repórter perguntou se a queda de
cinco ministros não revela se o modelo de preenchimento dos cargos no
executivo configuraria uma aposta de risco. Eis a resposta: “Tem risco?
Tem. Mas é melhor assim. Existe a frase: "A democracia é o pior dos
modelos, mas não encontramos nenhum melhor que ele". O governo de
coalizão é o pior, mas também não encontramos nenhum melhor”.
Mais!
E o jornal prossegue na inquirição, ao querer saber se haverá mais
"faxina" no governo, uma vez que existem problemas pendentes. Empolgada,
na hora de contestar, Ideli levantou de suas chinelas e se postou como
presidente: “Apareceu, a gente toma providência.São ossos do ofício.
Orai e vigiai!”.
Outra
Ideli, sem freio e sem noção, também se arvorou a falar em nome do
Partido dos Trabalhadores, quando perguntada se a pré-candidatura do
ministro da Educação, Fernando Haddad, à prefeitura de São Paulo, estava
contaminando o governo: “Não. O PT ainda debate se vai ter prévia, se
Marta (Suplicy) fica (na disputa), se Marta não fica”. E ainda lascou
essa: “Tinta na caneta eu não tenho, mas tenho muitos baldes de saliva
para gastar”. Como dizem os jovens, a catarina está “se achando”.
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