Acompanhe as cenas que revelam como aconteceu a tragédia no Rio
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Wellington chega à escola carregando uma bolsa com arma e munição |
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Cumprimenta a professora Dorotéia "Você veio para a palestra?", pergunta ela. 'Sim. Queria falar com a senhora'. Como estava ocupada, ela pede que o ex-aluno
aguarde
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Após esperar alguns minutos, Wellington sobe a escada em direção ao primeiro andar. Põe luvas pretas e prepara os revólveres |
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O segundo tempo de aula tinha começado e os corredores da escola estavam vazios. Ele entra na sala 1803 |
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As primeiras vítimas são alunas sentadas nas primeiras carteiras, à frente da sala |
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Os tiros continuam, sem parar, e começam os gritos. "Vou matar você! Você vai morrer!", Wellington dizia às vítimas. Em seguida, ouvia-se uma série de disparos |
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Mateus Moraes, 13, era o único em pé, na frente da sala. Muito nervoso, orava e pediu ao assassino que não o matasse. "Fica tranquilo, não vou te matar", diz |
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Alunos saem correndo pela escola. Alguns conseguem fugir |
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Dois estudantes vão até a rua Piraquara e avisam a policiais que fazem blitz na rua, a cerca de dois quarteirões da escola |
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Três policiais militares chegam à escola. Entram e sobem em direção ao primeiro andar. O terceiro-sargento Márcio Alexandre Alves vai à frente |
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Alves vê o criminoso sair de uma sala, revólver em punho. Ao se deparar com o policial,
Wellington tenta correr em direção à escada de acesso ao segundo andar |
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Alves dispara contra o criminoso e o acerta, no abdômen. De acordo com o policial, Wellington cai próximo da escada de acesso |
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Wellington se suicida com um tiro na cabeça |
6h30: Wellington Menezes de Oliveira sai de casa, na zona oeste do Rio, e vai em direção à Escola Municipal Tasso de Oliveira, em Realengo. Na bolsa, ele leva dois revólveres, um calibre 38 e outro provavelmente calibre 32 com a numeração raspada, muita munição no cinto de guarnição – usado por policiais. Vestia camisa social comprida e calças.
7h50: Wellington chega à escola, identifica-se como ex-aluno e passa pelo portão de entrada e vai até a sala de leitura da escola, no térreo. Cumprimenta a professora Dorotéia, que já tinha lhe dado aula. Ele chegou no intervalo entre o primeiro e o segundo tempos de aula. “Você veio para a palestra?”, perguntou Dorotéia, referindo-se à semana de comemorações pelos 40 anos da escola, em que ex-alunos falariam com os estudantes. “Sim, eu vim. Queria falar com a senhora”, respondeu o atirador. Como estava ocupada, Dorotéia pediu que aguardasse um momento. "Agora não dá, espere um pouco."
De 8h a 8h05: Após esperar alguns minutos, Wellington sobe a escada em direção ao primeiro andar. Põe luvas pretas e prepara os revólveres. O segundo tempo de aula tinha acabado de começar, e os corredores da escola estavam vazios. Ele entra na sala 1803 e começa a disparar, sem falar nada.
As primeiras vítimas são alunas sentadas nas primeiras carteiras, à frente da sala. Após ouvir os primeiros disparos, alguns professores e alunos de outras turmas pensam que se trata de bexigas de ar estourando. Os tiros continuam, sem parar, e começam os gritos. Todos se dão conta de que se trata de um atentado. “Vira para a parede, que eu vou matar você! Você vai morrer!”, Wellington dizia às vítimas e, em seguida, ouvia-se uma série de disparos.
8h05 às 8h15: Wellington sai da primeira sala e vai para o corredor, onde recarrega as armas. Entra na sala em frente, 1801, do 8º ano, durante a aula de português da professora Patrícia. Sem falar nada, começa a disparar, a curta distância, em direção às crianças. O assassino aparenta frieza e calma.
As meninas são mais atingidas na cabeça e no tórax; os meninos levam tiros nos braços e pernas. O atirador anda de um lado para o outro na frente da sala e entre as carteiras. Faz mira longamente e dispara contra as crianças, ignorando seus apelos por não atirar. “Pelo amor de Deus, não me mate!”, pediam os alunos.
Mateus Moraes, 13, era o único em pé, na frente da sala. Muito nervoso, orava e pediu ao assassino que não o matasse. “Fica tranquilo, gordinho, que não vou te matar”, disse Wellington, em provavelmente seu único ato de clemência. “Deus me protegeu”, disse Mateus, fiel da Assembleia de Deus. Ao menos sete foram baleados na sala. O assassino saiu da sala cinco vezes para recarregar as armas, usando o dispositivo “jet speed”, para tornar o recarregamento mais rápido.
8h06: Após o assassino entrar na segunda sala, alguns alunos conseguem fugir da sala 1803 e descem para a rua. Dois estudantes vão até a Rua Piraquara e avisam a policiais que fazem blitz na rua, a cerca de dois quarteirões da escola.
8h07: No terceiro andar, professoras mandam os alunos para o fundo da sala, trancam a porta e fazem barricadas com mesas e cadeiras, para dificultar a entrada do atirador. Na sala 1903, ocupada por alunos do 9º ano, o professor Luciano, de Geografia, manda os alunos para o fundo da sala e sai, trancando a porta por fora – não era possível fazer isso por dentro. Outros alunos vão até o auditório, no terceiro andar. O assassino continua a disparar.
8h15: Três policiais militares chegam à escola. Entram e sobem em direção ao primeiro andar. O terceiro-sargento Márcio Alexandre Alves vai à frente e vê o criminoso sair de uma sala, revólver em punho. Ao se deparar com o policial, Wellington tenta correr em direção à escada de acesso ao segundo andar. Alves dispara contra o criminoso e o acerta, no abdômen. De acordo com o policial, Wellington cai próximo da escada de acesso ao segundo andar e se suicida com um tiro na cabeça.
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