Uma
nova pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) nesta sexta-feira (22) aponta que a maioria dos brasileiros
acredita que a raça exerce influência importante em suas vidas
--principalmente em relação a mercado de trabalho.
Denominado “Pesquisa das características étnico-raciais da população: um estudo das categorias de classificação de cor ou raça”,
o levantamento considera informações de 2008 coletadas nos Estados do Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal em uma amostra de 15 mil domicílios. Ao todo, foram utilizadas cinco categorias de classificação de raça adotadas pelo instituto --branca, preta, parda, amarela e indígena --, além de “morena” e “negra”.
Denominado “Pesquisa das características étnico-raciais da população: um estudo das categorias de classificação de cor ou raça”,
o levantamento considera informações de 2008 coletadas nos Estados do Amazonas, Paraíba, São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal em uma amostra de 15 mil domicílios. Ao todo, foram utilizadas cinco categorias de classificação de raça adotadas pelo instituto --branca, preta, parda, amarela e indígena --, além de “morena” e “negra”.
De acordo com a pesquisa, a maior parte dos entrevistados, 63,7%,
avaliou que a cor ou raça influencia em suas vidas, sobretudo entre os
pesquisados do DF --77%, e menos entre os do AM –54,8%. Em todos os
Estados, por sinal, mulheres e pessoas entre 25 e 39 anos sobressaíram
nessa resposta.
Já o percentual de brasileiros para quem a cor ou raça influencia
principalmente no trabalho chegou a 71%, seguido dos que apontaram a
“relação com justiça/polícia” (68,3% dos entrevistados), “convívio
social” (65%), “escola” (59,3%) e “repartições públicas” (51,3%).
Estudo inédito
De acordo com o pesquisador Luiz Flavio Petruccelli, do IBGE, o
diferencial desse estudo em relação a outros que o instituto desenvolveu
é o ineditismo de se indagar sobre a influência de algo na vida do
cidadão. “Até então as pesquisas trataram de coisas concretas, como
saneamento e renda, e agora, pela primeira vez, a pesquisa envolveu a
opinião do entrevistado”, afirmou.
Para o pesquisador, a predominância entre aqueles que avaliaram o
trabalho como área em que a cor ou a raça mais exerce influência não
surpreendeu.
“Praticamente dois terços disseram, em outras palavras, que recebem
tratamento diferenciado por questões de raça ou cor; ou que não é
contratado por preconceito de cor. Mas são momentos, situações da vida
–assim como a relação com a Justiça e a polícia, também citada. Os dados
apontam para isso”, concluiu Petruccelli.
Estratificação e metodologia
Do universo fechado de entrevistas, 96% das pessoas ouvidas afirmaram
que sabem fazer sua autoclassificação no que diz respeito a cor ou raça.
A maioria, 65%, utilizou uma das cinco categorias de classificação do
IBGE: branca (49,0%), preta (1,4%), parda (13,6%), amarela (1,5%) e
indígena (0,4%), além de “morena” (21,7%) e “negra” (7,8%).
O Amazonas teve o menor percentual dos que se autoclassificam “brancos”
(16,2%) e o maior de “morenos” (49,2%). Já o maior percentual da
resposta “negra” foi no Distrito Federal (10,9%), onde as respostas
“branca” e “parda” tiveram proporções iguais (29,5%).
As entrevistas foram feitas com uma pessoa por domicílio, e 15 anos ou
mais de idade, e se basearam na identificação do entrevistado a partir
de uma pergunta aberta sobre como se autoclassificavam sobre cor. Os
pesquisadores também indagaram a origem familiar (africana, européia, do
Oriente Médio, entre outras) e se o entrevistado se reconhecia com uma
série de alternativas de identificação (afro-descendente, indígena,
amarelo, negro, branco, preto e pardo), além de levantar informações
sobre educação e inserção ocupacional do pai e da mãe da pessoa
entrevistada.
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