O
encontro com o Paraguai na primeira fase permitiu à Seleção Brasileira
uma vivência de como é enfrentar o adversário deste domingo, às 16h, em
La Plata, pelas quartas de final da Copa América. O jogo marcou o ponto
mais baixo do Brasil no torneio, em um jogo em que escapou da derrota
com um gol de Fred aos 44min.
Assim, com base nas declarações de Mano Menezes e na análise do que se passou em campo naquele jogo, o Terra preparou uma lista de erros cometidos que devem ser evitados no reencontro das equipes. Confira:
Imobilidade do ataque:
Apesar dos dois gols marcados, o ataque brasileiro teve sua pior
jornada na Copa América justamente contra o Paraguai. Sem a companhia de
Robinho, substituído pelo meia Jadson, Alexandre Pato e Neymar pecaram
pela falta de movimentação no ataque, se entregando à marcação. Não à
toa, durante o único treino tático antes do duelo contra o Paraguai Mano
pediu inversões e mais mobilidade para os dois jogadores confundirem a
forte defesa paraguaia.
Preciosismo:
O jogo contra o Paraguai marcou o pior índice de produção do Brasil na
Copa América, com apenas seis chutes a gol. Com a escassez de
oportunidades, dois lances deixaram ainda mais explícito o preciosismo
na hora de definir jogadas. No primeiro tempo, Alexandre Pato recebeu na
cara do goleiro quando o jogo ainda estava 0 a 0, mas tentou um drible
ao invés do chute. Já Neymar, mesmo com o ângulo aberto para o chute,
preferiu uma última ajeitada e perdeu a bola. Nas quartas de final, as
chances também devem ser poucas e o Brasil terá de melhorar o
aproveitamento.
Marcação pelo lado direito:
Os dois gols paraguaios foram construídos no mesmo setor, nas costas de
Daniel Alves pela direita. No jogo de domingo Maicon será o responsável
por esta marcação e terá como principal missão segurar as investidas de
Estigarribia, meia que joga aberto pela esquerda e infernizou os
brasileiros. O Paraguai atacou 40% das vezes pelos setor, contra 28%
pela direita.
Individualismo e erros de passe:
A Seleção Brasileira bateu seu recorde de bolas perdidas na partida,
com 69. Ganso (10) e Neymar (12) foram os campeões de erros e pecaram
basicamente em dois quesitos. Ganso, apesar das duas assistências no
jogo, errou 10 passes. E Neymar abusou dos dribles improdutivos e foi
desarmado com facilidade por muitas vezes.
Cruzamentos a esmo:
O Brasil teve um péssimo aproveitamento de cruzamentos na partida: não
acertou nenhum em 11 tentativas e o jogo aéreo foi inexistente. Contra o
Equador, o Brasil apresentou melhoras no fundamento e o primeiro gol
saiu em uma jogada pelo alto. Agora contra o Paraguai, será necessária
uma evolução ainda maior.
Saída de bola:
Durante os primeiros minutos do duelo válido pela fase inicial o Brasil
encontrou sérios problemas com a marcação por pressão dos paraguaios.
Em quase cinco minutos contabilizou cinco saídas de bola falhas e
permitiu que o Paraguai rondasse a área por um longo período. Chutões
para a frente e toques na fogueira devem ser evitados.
Falta de vibração:
O Brasil fez uma partida fria contra o Paraguai. Perdeu divididas,
trocou muitos passes laterais sem objetividade e tomou a virada
impassível no segundo tempo. O gol de Fred saiu em um lance casual, em
um momento em que o Brasil estava entregue na partida, quase sem esboçar
reação depois de levar o segundo gol paraguaio.
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