Gangues de jovens armados na volátil
cidade nigeriana de Jos atacaram muçulmanos que celebravam o último dia
do mês sagrado do Ramadã nesta terça-feira, matando um número não
confirmado de religiosos islâmicos e queimando seus carros, disseram
testemunhas e o Exército.
A cidade, que está entre o norte, de
maioria muçulmana, e o sul, predominantemente cristão, tem sido um ponto
de tensão étnica e sectária entre as duas fés.
Se a violência piorar ou provocar
represálias, pode dar outra dor de cabeça ao presidente Goodluck
Jonathan, cujas forças de segurança já estão lidando com ataques diários
de uma seita islâmica no nordeste do país, que assumiu a
responsabilidade por um ataque mortal a bomba contra o escritório da
ONU, na sexta-feira, e deixou 23 mortos em Abuja.
“Os fiéis muçulmanos estavam
participando das orações do Eid e no fim das orações eles foram cercados
pelos jovens naquela área”, afirmou o general-brigadeiro Hassan Umaru,
comandante da Força Tarefa Especial responsável pela segurança em Jos.
“Eles queimaram alguns carros, um bom
número de carros. Ainda não posso dar o número de pessoas queimadas.
Ainda estamos checando com as fontes do hospital local”, disse,
afirmando que havia vários mortos.
Uma testemunha viu vários corpos, e pelo menos um estava carbonizado.
Mais de 200 grupos étnicos vivem lado a
lado no país africano. Embora geralmente pacífica, a Nigéria tem visto
casos periódicos de violência religiosa. Jos, em especial, tem
concentrado os confrontos.
Ao menos 80 pessoas foram mortas nesta
cidade em 24 de dezembro em ataques a bomba e confrontos entre jovens
muçulmanos e cristãos.
©Copyright Blog do Tony Medeiros com Folha
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