Os vizinhos de Wellington Menezes de Oliveira, 24 anos, que matou pelo menos 11 crianças a tiros após invadir uma sala de aula da Escola Municipal Tasso da Silveira, no Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira, estão chocados.
Acostumados com o jeito quieto e cabisbaixo do atirador, eles parecem não acreditar na brutalidade cometida por ele contra crianças e adolescentes."Ele nunca foi violento, não fazia arruaça, não atirava pedras e não brigava na rua. Era simplesmente quieto e a gente respeitava o jeito dele de ser. O Wellington passava a maior parte do tempo no quarto, em frente ao computador. Estou chocada", disse Edna de Lira Ferreira, 55 anos, dona de casa e vizinha do atirador.
Segundo ela, Wellington e a família que o criou eram fieis da igreja Testemunhas de Jeová. Ele tinha cinco irmãos, filhos biológicos dos seus pais adotivos, e trabalhava em uma empresa de alimentos. Quando sua mãe biológica morreu, há cerca de um ano, ele teria pedido demissão da empresa. Além disso, o atirador tinha um cachorro e um gato.
"A gente passava na rua e ele baixava a cabeça, não cumprimentava. Apesar de ser antissocial, ele nunca demonstrou violência", afirmou Elma Pedrosa, 50 anos, babá. Os vizinhos também disseram que Wellington não teria servido ao Exército e nem à Polícia Militar, estranhando a habilidade dele com armas.
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