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24 de setembro de 2011

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Médicos descobrem por que é difícil perder peso até para quem segue dieta restrita

Se você tenta há anos perder quilos indesejados, metas fora da realidade podem ser a razão pela qual você falhou. Especialistas descobriram que está errada a velha teoria que diz que para perder peso é preciso reduzir 3.500 calorias (ou queimar 3500 calorias extras) de gordura corporal que se quer eliminar. E isto pode inviabilizar determinadas dietas.
Essa conclusão é resultante de um estudo feito pelo médico Dr. Kevin Hall e seus colegas do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos EUA, segundo reportagem de Jane Brody para o "New York Times". Eles criaram um modelo para prever como o corpo responde a mudanças na ingestão e no gasto calórico. O objetivo era descobrir como pessoas de pesos diferentes respondiam às mudanças de calorias num ambiente controlado como uma unidade metabólica.
A pesquisa, publicada na revista "Lancet", explica como o peso corporal pode subir lentamente, mesmo quando as pessoas não mudam seus hábitos alimentares e de exercício. O trabalho também ajuda a explicar porque algumas pessoas podem perder peso mais rapidamente do que outras, mesmo quando todos no grupo comem os mesmos alimentos e fazem os mesmos exercícios. Descobre-se também por que conseguir perda permanente do peso é tão difícil para algumas pessoas. 
 
Os pesquisadores dizem que conseguir uma perda de peso duradoura leva muito tempo e sugerem programas mais efetivos de perda de peso, a serem realizados em duas fases: a mudança no comportamento mais agressivo no início, seguido por uma segunda fase, de período mais relaxado, capaz de impedir a recuperação do peso que aflige tantas pessoas que fazem dietas, apesar de suas melhores intenções.
Desbancando uma velha teoria
Segundo os pesquisadores, é fácil ganhar peso sem querer. Um desequilíbrio muito pequeno entre o número de calorias consumidas e o de calorias usadas já ocasiona isto. Apenas dez calorias extras por dia é tudo o que se precisa para aumentar o peso corporal médio de uma pessoa de 20 quilos, no prazo de 30 anos.
Além disso, o mesmo aumento em calorias resulta mais facilmente em quilos de sobra numa pessoa mais pesada do que numa pessoa magra - e a maior proporção do ganho de peso por parte da pessoa mais pesada será de gordura corporal. Isso acontece porque o tecido magro (músculos, ossos e órgãos) utiliza mais calorias do que o mesmo peso de gordura. 
 
Dr. Hall diz que a suposição de longa data que o corte de 3.500 calorias irá produzir perda de peso de meio quilo por tempo indeterminado é imprecisa e pode produzir resultados desanimadores para quem faz dieta. Isso ajuda a explicar porque até mesmo os dietistas mais diligentes muitas vezes não conseguem atingir metas de perda de peso que tinham por base na regra antiga.
Um resultado mais realista, segundo ele, é cortar 250 calorias - o equivalente a uma pequena barra de chocolate ou metade de um copo de sorvete premium - por dia, o que leva a uma perda de peso de cerca de 25 quilos em três anos, com metade da perda prevista no primeiro ano.
Muitas pessoas ficam desanimadas quando a perda de peso diminui, embora estejam seguindo suas dietas. Mas o Dr. Hall diz que uma perda gradual é quase sempre mais eficaz porque permite a ingestão de alimentos segundo novos hábitos, acrescidos de exercícios para se tornar um estilo de vida duradouro.
Ainda assim, pessoas obesas terão que cortar mais calorias para perder peso do que a quantidade de calorias que precisariam para ganhar quilos extras. Ganhar um peso de 220 libras (cerca de dez quilos), por exemplo, pode ser resultante do consumo, a longo prazo, de apenas 250 calorias a mais a cada dia. Já perder o mesmo peso exige reduções muito maiores na ingestão de calorias. Segundo os cálculos do Dr. Hall, um extra de 220 calorias por dia são agora necessários só para manter a silhueta.
Para a população retornar ao peso corporal médio dos anos 1970, por exemplo, indivíduos obesos, que hoje representam 14% da população, teriam que cortar mais de 500 calorias por dia, segundo mostra o novo modelo de estudo do Dr. Hall. 
 
O médico observa que a típica perda de peso de programas de dieta significa perdas significativas ao longo de um período de seis a oito meses, seguidas pela recuperação gradual de peso nos anos que se seguem. Quando a perda de peso é planejada para menos de seis meses (ou em até oito meses) - "o que acontece com quase todas as dietas", segundo Hall - muitos pacientes, inconscientemente, começam a comer um pouco mais.
Apesar de consumir um extra de 100 calorias por dia, isto não aparece imediatamente como ganho de peso. E a perda ocorre mais lentamente para a pessoa obesa que para alguém que está magra porque o corpo da pessoa obesa necessita de mais calorias para manter os quilos extra.
Papel da Atividade Física
 
Costuma-se dizer que a atividade física age muito mais na manutenção do peso do que na efetiva perda de peso. Mas o modelo de Hall sugere o contrário.
O grupo do Dr. Hall calcula que, se um homem que pesa 99.8kg (220 libras) corre um adicional de 3,22km (12,5 milhas) por semana, a um ritmo moderado, ele iria perder mais peso, e um pouco mais rapidamente, do que se ele reduzir a quantidade equivalente de calorias de sua dieta.
No entanto, como a atividade e a redução de calorias são maiores no novo modelo, a combinação chega a um ponto em que o benefício da perda de peso da dieta excede o de atividade física, segundo os pesquisadores, "porque o gasto energético da atividade física adicionada é proporcional ao peso corporal em si."
Em outras palavras, as pessoas mais pesadas queimam mais calorias em uma quantidade equivalente de exercício, mas, quando o seu peso cai, o número de calorias usadas em exercício cai também.
Os autores advertiram que quando algumas pessoas aumentam o seu nível de atividade física, elas compensam comendo mais. Então, desanimadas pela falta de progresso, podem reduzir a atividade física e o ganho de peso ainda mais.
No entanto, disse Hall, a atividade física continua a ser importante para a perda de peso e, especialmente, a manutenção do peso. Estudos com mais de cinco mil participantes no Cadastro Nacional para Controle de Peso mostraram que aqueles que perderam uma quantidade significativa de peso e mantiveram a silhueta por muitos anos se basearam principalmente em duas táticas: continuar a atividade física e controlar constantemente o peso corporal. 
 
Alguns estudos têm indicado que dietas que restringem carboidratos (que são relativamente ricos em proteínas e gorduras) são mais eficazes para perder peso do que uma dieta mais equilibrada de baixa caloria. Dr. Hall acha que, enquanto dietas de baixo carboidrato fazem pouco para reduzir o peso ao longo de seis meses e até ao longo de um ano, ainda está para ser provado que, neste tipo de dieta de baixa caloria, as pessoas realmente comem aquilo que dizem que estão comendo. A verdade é que muitas pessoas preocupadas em emagrecer tendem a reduzir o consumo de carboidratos no longo prazo.
Dr. Hall e seus colegas comentam que que "todas as dietas que reduzem o consumo de energéticos têm um efeito similar sobre a perda de gordura corporal no curto prazo" e que "algumas dietas podem levar à redução da fome, à melhora do nível de saciedade, e à melhor aderência a dietas em geral, se forem bem administradas, claro. "
Mas eles acrescentaram uma ressalva: Pouco se sabe sobre o efeito a longo prazo das dietas que variam em sua composição de gordura, proteína e carboidratos para a manutenção do peso ou da saúde. Para o Dr. Hall uma dieta bem feita e um bom programa de exercícios são práticas permanentes de uma vida saudável".

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